quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Coluna do Victor: Os filmes que assisti em 2012


Olá, leitores do Blog Manchetes. Sou o criador do blog Vizinhança do Chaves, que teve por um ano a presença de Italo, dono deste blog, na equipe. Ele me convidou para participar da nova empreitada, me dando a oportunidade de fazer algo diferente: sempre escrevo análises sobre obras de Chespirito, mas aqui, vocês verão um Victor diferente com o teclado na mão. Italo me deu a liberdade de falar sobre qualquer assunto. Para começar, resolvi fazer um apanhado geral sobre os filmes – antigos e novos – que assisti ao longo de 2012.

Eu sempre gostei de assistir na televisão seriados como Chaves, Chapolin, Eu a patroa e as crianças e Os Simpsons, além de videoclipes e alguns programas e reality-shows, como The Amazing Race. Mas nunca fui de assistir muitos filmes. Neste ano, sobretudo nos dois períodos de férias, resolvi trocar minha “programação” normal de quando vou para a sala por alguns filmes. Não foram muitos, foram 25, em média dois por mês, mas isso me fez descansar de programas que já assisti muito e gostei muito dos filmes que assisti. Levem em consideração que não sou um crítico de cinema, apenas aproveitei a liberdade na escolha do tema para falar sobre algo que me veio em mente, no caso, os filmes.

Dois filmes da lista são antigos: “Viagem insólita” (1987) e “El Chanfle II” (1982), este com a turma de Chespirito atuando em um roteiro espetacular, envolvendo futebol e boas histórias de vida.
De 2004, acompanhei “O terminal“. Ao ler a sinopse, pensei se tratar de um filme mais sério, mas se trata de uma comédia leve. Contudo, o filme não deixa de mostrar críticas e o lado humano de um indivíduo do exterior que é impedido de entrar nos Estados Unidos e passa meses no aeroporto, onde faz amizades, consegue um emprego e até se apaixona, enquanto faz de tudo para obter o visto apenas para cumprir uma promessa que fizera a seu pai.

Achei interessante o filme “Paranoia” (2007). Trata-se de um suspense, mas até que se chegue na parte do filme destinada a isso, tudo se passa tranquilamente, com até cenas de romance. O filme começa com Kale e seu pai em uma pescaria. Na estrada, sofrem um acidente e o pai de Kale morre. Um tempo depois, o professor da escola de Kale pergunta como foram as suas férias. Ele fica confuso por se lembrar da morte do pai, e quando o professor pergunta “Seu pai gostaria de ouvir uma resposta assim?”, o aluno se exalta e dá um soco no mestre. Por isso, é condenado a ficar em prisão domiciliar, sendo que caso extrapole um limite de 30 metros, a polícia é acionada e ele corre o risco de ser preso. Em casa, sem ter o que fazer, Kale começa a observar seus vizinhos, como num reality-show ao vivo. Nisso, ele se apaixona pela nova vizinha (coisa que no começo já imaginei que eles iam ficar) e ambos passam a observar um vizinho em comum, o David Morse, que desconfiam que é um assassino. Kale reúne várias provas, mas o policial que o vigia – primo do professor que levou o soco – não dá importância. Até que começa a parte de suspense do filme e os acontecimentos que levam ao final do mesmo. É daqueles que tem uma sequência: você não entende o porquê de uma cena sem ver cenas anteriores. Sem contar que misturaram suspense com partes mais leves.

Um outro filme que me prendeu foi “Presságio” (2009). Em uma escola, uma professora pede para que seus alunos façam um desenho sobre como imaginam o mundo no futuro. Os desenhos são colocados numa cápsula, que é aberta após 50 anos. Cada aluno da escola vê um desses desenhos, e Caleb fica com uma folha cheia de números aparentemente aleatórios, escritos por uma menina. Depois, seu pai descobrirá que se tratam de informações sobre todas as catástrofes que aconteceram nesse período de 50 anos, sempre indicando a data e a quantidade de mortes em cada uma delas, chegando a indicar até as coordenadas (latitude e longitude) de onde elas ocorrem. John (o pai de Caleb) percebe que três desses eventos ainda não ocorreram, e ocorrerão no tempo presente. Ele presencia um deles e tenta salvar seu filho dos dois próximos. Fiquei com alguns questões na cabeça enquanto subiam os créditos, como: qual o motivo daquele desenho ser mostrado tantas vezes ao longo do filme? O que eram os números entre um evento e outro, que não representavam nada? Porque as crianças pegaram dois coelhos? Interessante que no final do filme, sobre previsões de catástrofes futuras, a TV mostrava um vazamento de petróleo no Golfo do México, coisa que aconteceu de verdade um ano depois, no mesmo mês do lançamento do filme.

De 2010, vi “A condenação“, baseado numa história real em que um homem é preso injustamente e sua irmã começa estudar e se forma em Direito apenas para ser sua advogada (já que não tinha dinheiro para contratar um) e tentar retirá-lo de lá. História interessante, mas achei o filme um pouco enrolado, os eventos demoram a acontecer.

De 2011, acompanhei o filme “Roubo nas alturas“, que conta a história de trabalhadores de um prédio denominado “A torre” são roubados “pelas costas” por um milionário que deveria investir o dinheiro deles, e eles então pagam a fiança de um presidiário e montam um esquema para fazer um roubo, desta vez, para recuperar o dinheiro. Só não entendi onde está a comédia deste filme, gênero com que ele é definido em alguns locais.

Entre os filmes nacionais, assisti a versão para o cinema do livro “Capitãs da Areia“, e, como muitos dizem por aí, eu que já li o livro preferi a obra de Jorge Amado do que o filme. Vi também “Cilada.com“, com o Bruno Mazzeo, embora também prefiro os episódios da série (muito bem escritos) do que o filme. Gostei de “Assalto ao banco central“, baseado em fatos reais. O lance da edição ficou bacana: intercalaram tudo. As cenas do assalto com os desvendamentos do mesmo, com o Lima Duarte fazendo as perguntas e talz. Foram misturando, fora de ordem cronológica, algo que ficou mais fácil de compreender depois que as primeiras cenas findaram-se.

Também gosto de animações da Disney, de preferência os desenhos mesmo. Ao longo de 2012, assisti “O Rei Leão II“, “Robin Hood“, “Os três mosqueteiros“, “Pateta 2 – Radicalmente Pateta“, “Aconteceu de Novo no Natal do Mickey” e “Irmão Urso 2“.

Na faculdade, vimos “O enigma de Kaspar Hauser“, contando a excelente história de um homem que viveu a maior parte de sua vida longe do contato social, e, quando ele é abandonado em uma tribo, tendo assim contato direto com outros homens, é visto como um ser “estranho” e de hábitos primitos. Ao longo das cenas se vê uma reeducação corporal dos hábitos de Kaspar, influenciados pela vida em sociedade. Esta obra de Werner Herzog levanta temátivas relacionadas ao papel da cultura no processo de desenvolvimento humano. Também vimos o filme-documentário “Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global visto do lado de cá“.

No cinema, fui poucas vezes. Lá vi “Prometheus” (e vejam só, foi vendo esse filme, totalmente sem clima para a situação, que pedi minha ex-namorada em namoro), “A Era do Gelo 4” e “O espetacular Homem Aranha“. Aí ela me largou e deixei de ir, hehe. Também havia visto, no começo do ano, a versão filme de “As aventuras de Tintin“, aquele dos gibis e que eu já havia assistido todos os episódios do desenho diversas vezes.

Mas o melhor de todos foi o último do ano: “As aventuras de Pi“. Não dei muita importância ao filme ao ver o nome: “As aventuras…”, parecia algo batido. Mas me enganei profundamente. Fui ao cinema assistir esta história de Pi, que é o número irracional 3,1415…. Mas o personagem na verdade se chama Piscine, dado por um parente seu que era nadador. Logo quando ele conta o motivo de seu nome, já me prendi ao filme. Mas a história começa a ficar mais interessante quando a narrativa chega na parte em que Pi está mais jovem.

Sua família era dona de um zoológico na Índia, e este precisa ser vendido pois a prefeitura local retirou o incentivo que era dado ao estabelecimento. A família de Pi então tentar mudar-se para o Canadá, levando os animais, para serem vendidos, e a vida deles ser recomeçada. Mas o cargueiro naufraga após forte tempestade. Pi sobrevive, mas em seu bote salva-vidas, é obrigado a dividir o espaço com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um feroz tigre de bengala chamado Richard Parker, que anos antes poderia ter comido seu braço. Pi então relata a um escritor esta grande aventura, o que ele fez para sobreviver em alto mar e com feras se matando e fazendo com que ele também corresse este risco, em seu bote.

O grande momento do filme, que apesar de longo, passa rapidamente, é o final da narrativa. Homens responsáveis (um deles, dublado por Carlos Seidl, voz que reconheci na primeira frase) pelo cargueiro pedem que Pi relate como sobreviveu. Ele conta a mesma história dos bichos, que não é aceita pelos homens. Então ele conta outra, praticamente idêntica, mas sem os bichos, algo mais passível dos homens acreditarem.

Pi volta-se ao escritor (que irá fazer um livro com sua história e quer que Pi o convença a acreditar em Deus), e pergunta: “qual história você prefere?”. “A do tigre”, responde. Pi, que já havia dito que “A fé é uma casa de muitos quartos”, diz: “Assim é como Deus”. E nesse momento todos que assistiram ao filme param para refletir.

Do outro lado, fimes que não gostei muito: “Totalmente sem rumo” e “Prometheus”, ao lado de “Caçador de Recompensas”, este, realmente ruim.

Vou dar notas aos filmes citados no artigo (por favor, não vão ver apenas essa lista ao invés de ler tudo rs):
As Aventuras de Tintin – 7.5
Cilada.com – 7
O Rei Leão II – 7.5
Robin Hood (Disney) – 7.5
Caçador de Recompensas – 2
Os Três Mosqueteiros (Disney) – 7
Capitães da Areia – 7
El Chanfle II – 8.5
Encontro com Milton Santos – 8
O enigma de Kaspar Hauser – 9
Prometheus – 2
A Era do Gelo 4 – 6
O espetacular Homem Aranha – 7
Totalmente sem rumo – 4
Pateta 2 – Radicalmente Pateta – 7.5
Aconteceu de Novo no Natal do Mickey – 6
Paranóia – 8
Presságio – 9
Assalto ao Banco Central – 8.5
A condenação – 7.5
O terminal – 8
Viagem insólita – 7.5
Irmão Urso 2 – 6
Roubo nas alturas – 8.5
As aventuras de Pi – 9.5

Por Victor235

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